quinta-feira, 6 de junho de 2013


Mais um amigo nosso e sua experiência de leitura/escrita

Como comecei a escrever Aí por volta de 1910 não havia rádio nem televisão, e o cinema chegava ao interior do Brasil uma vez por semana, aos domingos. As notícias do mundo vinham pelo jornal, três dias depois de publicadas no Rio de Janeiro. Se chovia a potes, a mala do correio aparecia ensopada, uns sete dias mais tarde. Não dava para ler o papel transformado em mingau.

Papai era assinante da "Gazeta de Notícias", e antes de aprender a ler eu me sentia fascinado pelas gravuras coloridas do suplemento de domingo. Tentava decifrar o mistério das letras em redor das figuras, e mamãe me ajudava nisso. Quando fui para a escola pública, já tinha a noção vaga de um universo de palavras que era preciso conquistar.
Durante o curso, minhas professoras costumavam passar exercícios de redação. Cada um de nós tinha de escrever uma carta, narrar um passeio, coisas assim. Criei gosto por esse dever, que me permitia aplicar para determinado fim o conhecimento que ia adquirindo do poder de expressão contido nos sinais reunidos em palavras.
Daí por diante as experiências foram-se acumulando, sem que eu percebesse que estava descobrindo a literatura. Alguns elogios da professora me animavam a continuar. Ninguém falava em conto ou poesia, mas a semente dessas coisas estava germinando. Meu irmão, estudante na Capital, mandava-me revistas e livros, e me habituei a viver entre eles. Depois, já rapaz, tive a sorte de conhecer outros rapazes que também gostavam de ler e escrever.
Então, começou uma fase muito boa de troca de experiências e impressões. Na mesa do café-sentado (pois tomava-se café sentado nos bares, e podia-se conversar horas e horas sem incomodar nem ser incomodado) eu tirava do bolso o que escrevera durante o dia, e meus colegas criticavam. Eles também sacavam seus escritos, e eu tomava parte nos comentários. Tudo com naturalidade e franqueza. Aprendi muito com os amigos, e tenho pena dos jovens de hoje que não desfrutam desse tipo de amizade crítica.
Carlos Drummond de Andrade

Para quem gosta de filmes: O Contador de Histórias O Filme - Youtube - http://youtu.be/kRJwQg-oavc


                 









http://www.educardpaschoal.org.br/web/leia-nossos-livros-ver.asp?cid=10http://www.educardpaschoal.org.br/web/leia-nossos-livros-ver.asp?cid=10


Ler é magia pura.
 
As revistas eram de minha cunhada que adorava ler fotonovelas e livros de histórias de amor, então considero aquela moça, míope, minha cicerone.
 
Não tive problemas com as letras, gostava de ler tudo, meu pai colaborou bastante com gibis, tinha coleções, também com o preferido dele, álbuns de figurinhas. Mas aos onze anos, achando-me adolescente pulei para leituras proibidas, Sabrina. Minha mãe lia todos os dias a Bíblia, imagina se me pegasse lendo aquelas histórias, seria meu fim.
 
Graças a um sebo que havia perto de casa, aos doze já tinha lido Dom Casmurro, Capitães da Areia, tão atual, e Triste fim de Policarpo Quaresma, este meu preferido, acho que minha irmã tinha razão!
 
Hoje leio bastante para meus alunos e sei que muitos desenvolvem o gosto pela leitura, o trabalho prazeroso torna tudo mais fácil. 

terça-feira, 4 de junho de 2013

EXPERIÊNCIAS

Heróis, sacis, princesas e Zezé!

Desde pequeno devorava histórias em quadrinhos. Lia gibis de super-heróis da Marvel com as histórias do mitológico deus nórdico Thor, dos mutantes X-Men, do Homem-Aranha e muitos outros. É interessante que conheci a história Édipo Rei numa referência intertextual com os personagens Visão, Ultron e Jocasta, dos Vingadores, quando tinha uns oito anos de idade. É claro que hoje em dia vou ao cinema para “curtir” as adaptações desses fantásticos heróis.

 O ato de ler é tão emocionante porque podemos viajar na imaginação e ir a outros países, conhecer outras civilizações e outras pessoas através dos livros, de revistas e atualmente, da internet. De fato, acredito que todas as pessoas que gostam de ler conseguem ter essas mesmas experiências por meio da leitura. Um leitor chamado Newton Mesquita disse que o filho dele se chama Pedro por causa do Pedrinho do sítio do Pica-pau amarelo. Eu não tenho filhos, mas meu cachorro se chama Sansão por causa do personagem bíblico que tinha força sobre-humana. A bíblia é um livro maravilhoso para ler.

Eu sempre fui incentivado a ler pela minha mãe. O primeiro livro que ganhei foi sobre histórias bíblicas. Era ricamente ilustrado e “delicioso”. Realmente, era possível “viajar” àquelas antigas civilizações do velho e do novo testamento. Me lembro também do segundo livro: Branca-de-Neve e os sete anões. Ele vinha acompanhado de um disco compacto de vinil. Até hoje não esqueço a letra da “canção do trabalho”, cantada por Branca-de-Neve.

Porém, foi na escola que tive o primeiro contato com a literatura infanto-juvenil e os romances literários. Na antiga quarta série (5º ano), a professora lia com a turma todos os dias o livro O Saci. Para mim é a história mais legal de Monteiro Lobato! Cem Noites Tapuias, O Caso da Borboleta Atíria, A Ilha Perdida e outras histórias da série vaga-lume que li durante o ensino fundamental eram maravilhosas também! Na sétima série (8º ano) li três romances para trabalho de escola: Éramos Seis... Lindo! Olhai os Lírios do Campo... Maravilhoso! E O Meu Pé de Laranja-lima... ENCANTADOR! Quero assistir a adaptação para o cinema deste último, pois foi uma das histórias mais lindas que já li.

Adoro ler desde pequeno e como educador tento cultivar este hábito maravilhoso em meus alunos, meus amigos e todas as pessoas ao meu redor.

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Ler: a melhor coisa do mundo!


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Adilson de Oliveira, Amanda de Melo, Kelber de Moura, Maria de Fátima e Valdirene de Souza.